“Não Tem Bola Perdida”: Sorín Revela Bastidores da Final Épica em que Jogou com a Cabeça Cortada pelo Cruzeiro
A imagem é eterna na memória da Nação Azul: um guerreiro argentino, de longos cabelos e cabeça enfaixada, comemorando um gol de título. Juan Pablo Sorín é mais do que um ex-jogador; é um símbolo de raça e identificação. Em uma conversa no podcast Podpah, o ídolo relembrou sua paixão pelo futebol, a escolha surpreendente pelo Cruzeiro e os bastidores da final heroica de 2002, que o consagrou de vez no coração da torcida.
A Escolha pelo Brasil e a Raça como Marca
Antes de desembarcar em Belo Horizonte, Sorín já era um nome consolidado, com passagens por River Plate e Juventus. Com propostas da Europa na mesa, sua decisão de vir para o Brasil foi estratégica e movida pela admiração. “Eu sempre admirei os laterais brasileiros, essa capacidade para atacar e essa liberdade para chegar. Falei: ‘se eu sou bom, realmente bom, tenho que jogar bem no Brasil'”.
A adaptação, no entanto, não foi instantânea. Os primeiros seis meses foram de dificuldades com a língua e a cultura, incluindo uma briga com o futuro amigo Giovanni. Mas Sorín trouxe na bagagem a filosofia que o definiria: “Não tem bola perdida”. Para ele, era fundamental se jogar em cada lance para contagiar os companheiros.
A Final Épica: O Risco, a Cabeça Cortada e o Gol do Título
Essa mentalidade de guerreiro foi colocada à prova na final da Copa Sul-Minas de 2002, contra o Athletico-PR. Aquele jogo tinha um roteiro de cinema. Primeiro, o risco: Sorín já havia sido vendido para a Lazio, da Itália, e entrou em campo sem seguro, assumindo uma responsabilidade pessoal e do clube.
Durante a partida, um choque de cabeça com o zagueiro Alessandro resultou em um corte profundo. O árbitro sinalizou a substituição, mas Sorín se recusou a sair. “Peguei o braço dele, falei, ‘tá louco?'”, contou. No intervalo, levou seis pontos na cabeça sem anestesia e voltou para o jogo. E como um roteiro perfeito, foi dele o gol do título, de cabeça, com o curativo improvisado. “Foi muito mais que um sonho”, definiu.
O Guerreiro Poeta: A Despedida e a Vida Pós-Futebol
A conexão com o clube e a torcida foi tão forte que, antes de partir, Sorín sentiu a necessidade de retribuir o carinho. Incentivado por sua esposa, Sol, ele publicou uma emocionante carta de despedida aos torcedores. Mas o guerreiro do campo sempre teve uma alma de poeta e comunicador. Desde os tempos de River Plate, fazia um programa de rádio que não falava de futebol. Hoje, essa paixão continua. Sorín tem sua própria produtora, com a qual realiza documentários, como “Era uma vez no Qatar” , e segue trabalhando como comentarista e apresentador.
Sorín jogou “apenas” três anos no total pelo Cruzeiro, mas a intensidade e a entrega foram tão grandes que sua história se tornou uma das mais bonitas e emblemáticas do clube. Um argentino que entendeu como ninguém o que era preciso para ser abraçado pela Nação Azul.

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