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Maior campeão do Cruzeiro: As Confissões Inéditas de Ricardinho

De Barrado na Toca a Rei dos Títulos: A História de Superação Inédita de Ricardinho no Cruzeiro

Qualquer torcedor cruzeirense sabe que Ricardinho é o maior campeão da história do clube, com 15 títulos oficiais. O que poucos sabem é que essa trajetória de glória quase foi interrompida antes mesmo de começar. No 14º episódio do Cruzeiro Cast, o eterno “Mosquitinho Azul” abriu o coração e revelou uma incrível história de superação, que envolve uma peneirada com centenas de garotos e o dia chocante em que foi barrado na porta da Toca da Raposa.

O Sonho Quase Interrompido: A Barração na Toca

A jornada de Ricardinho começou em Passos, sua cidade natal, quando foi observado pelo então presidente Salvador Mase em um jogo preliminar. O convite o trouxe a Belo Horizonte para um teste no antigo Cepel, mas o cenário era desafiador. “Chegando lá, muita gente. Tipo assim, eu me lembro que deu oito times pra cada lado, dezesseis times”, contou. Em meio à multidão, ele foi um dos poucos selecionados pelo técnico Eduardo Amorim.

Contudo, o primeiro ano no juvenil foi de poucas oportunidades, e Ricardinho praticamente não jogou. A surpresa veio no retorno das férias. “Cheguei no portão, não deixaram entrar. Seu nome não tá na lista aqui, não”, relembrou o ídolo sobre o momento em que foi barrado. Aos 14 anos, sozinho e sem dinheiro para voltar para casa, seu futuro no clube era incerto. Foi preciso pedir uma nova chance ao novo treinador, o Senhor Rossi, e passar por mais três dias de testes para ser reintegrado ao elenco.

A Reinvenção: De Meia a Volante com Mestres

Após a superação, Ricardinho deslanchou. Em um jogo no estádio de Frimisa, marcou três gols e não saiu mais do time titular. Seu talento era tão evidente que ele pulou a categoria de juniores e foi direto para o profissional. Lá, recebeu o conselho que mudaria sua carreira, do técnico Enio Andrade. “Você corre muito com a bola. Pra jogar no meio-campo, não precisa correr muito com a bola. Vou botar você de volante”, disse o treinador. Para aprender a nova função, Ricardinho teve um professor de luxo: o mestre Toninho Cerezo. “O Enio falou: ‘observa o Cerezo jogar’. E eu aproximei muito do Cerezo, fiquei sendo muito amigo dele”, contou.

A Dinastia dos Títulos Impossíveis

Com a cabeça no lugar e a técnica apurada, Ricardinho se tornou peça-chave de uma era de ouro.

  • Copa do Brasil 1996: O título mais improvável. Contra o Palmeiras da Parmalat, o “time dos 100 gols”, o Cruzeiro era o grande azarão. Perdeu o primeiro gol logo aos 5 minutos em São Paulo, mas não se abalou. Com uma atuação heroica de Dida e uma virada espetacular, o time calou o favoritismo e trouxe a taça para casa, sendo recebido por uma festa em Belo Horizonte que, segundo o ídolo, foi maior que a da Libertadores.
  • Libertadores 1997: O título da resiliência. Após começar com três derrotas, a equipe se reergueu sob o comando mental de Paulo Autuori. “A gente conversava muito: ‘vamos sofrer aqui, segurar e vamos para os pênaltis'”, revelou Ricardinho sobre a confiança no goleiro Dida para decidir os jogos mais difíceis. Essa inteligência e união levaram ao bicampeonato da América, coroado com o gol inesquecível de Elivélton e a defesa monumental de Dida na final.

A Glória no Drama: A Virada Épica de 2000

Poucas finais foram tão dramáticas quanto a da Copa do Brasil de 2000. Após um empate sem gols no Morumbi, o Cruzeiro saiu perdendo para o São Paulo no Mineirão e precisava virar para ser campeão. O empate veio com Fábio Júnior, mas o gol do título, aos 45 do segundo tempo, foi uma obra de arte coletiva. Ricardinho detalhou os bastidores: o atacante Müller orientou Geovanni a não bater colocado, mas sim forte. O volante Donizete deu um leve empurrão na barreira, que abriu um espaço crucial, e a bomba de Geovanni encontrou o caminho da rede. Mesmo com o título nas mãos, ainda houve tempo para um susto final, com o goleiro André e o zagueiro Kléber salvando um gol certo em cima da linha, em um lance que a maioria da torcida, já em festa, nem percebeu.

De um menino barrado na porta da Toca a maior colecionador de troféus do clube, a história de Ricardinho é a prova definitiva de que talento, sem resiliência e amor à camisa, não constrói um legado. Um legado que, para ele, é eterno. Fontes

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